13 de dez. de 2014

DIAS 40 A 45 - PISAC - PERU (primeira semana)

Pois é, amigos. Nossa Expedição chegou a um ponto onde terei que transformar dias em semanas. Isso porque ficamos estacionados em Pisac durante todo o mês de dezembro de 2014. Então pode imaginar que não haviam mais novidades todos os dias como quando estávamos na estrada.
A seguir irei narrar os fatos mais marcantes da conclusão de nossa primeira semana em Pisac.




   No terceiro dia tomando banho frio já estávamos querendo matar Davi. Ele não aparecia na pousada (nem nenhuma outra alma viva) e não atendia o telefone. No final do terceiro dia finalmente atendeu após eu enviar um SMS nada amistoso. Estava completamente bêbado e seja lá o idioma que falava comigo não era português nem espanhol. Como já havíamos pago o mês todo a ele, não poderíamos simplesmente levantarmos e ir embora por descontentamento. Tínhamos que lidar com a situação. Fui bastante direto com Davi pelo telefone e quando desliguei decidi tentar resolver o problema sozinho. Troquei o chuveiro por outro de um dos banheiros que ainda não funcionavam para só assim descobrir que o problema não era um simples chuveiro queimado. A energia não chegava no chuveiro. Enquanto Mel me pedia para desistir daquilo, fui pensando numa forma de resolver o problema improvisadamente. Alguns quartos estavam com materiais de elétrica e hidráulica para a construção dos quartos e num deles encontrei uma extensão. Quando baixou o espírito do McGuyver, eu desconectei os fios dos polos do chuveiro e os adaptei em um benjamim. Liguei o benjamim na extensão e liguei na tomada. Supus que assim a energia chegaria até o chuveiro e ele ligaria. A Mel estava apavorada com aquela gambiarra e tomava cada vez mais distância. Quando liguei o chuveiro: água quente!!! Oba!! Arranquei a roupa e já comecei a tomar o tipo de banho que há dias eu sonhava. Foi quando: puf! A energia de todo o prédio desligou. Eu fiz tudo certo na gambiarra, só me esqueci de verificar a voltagem do chuveiro e da tomada.
   Bom, naquela época eu entendia ainda menos de elétrica do que entendo hoje (ou seja, menos que nada). Eu e a Mel não entendemos o que acontecemos naquela altura mas vocês podem imaginar que quando a energia apagou comigo pelado debaixo d’agua, eu quase me borrei. Foi, novamente, banho de gato. E ficamos naquela noite no escuro contando piadas até dormir pois o notebook estava já com a bateria fraca.

   No final do dia seguinte quando Davi finalmente apareceu na pousada, disse que o disjuntor no prédio havia sido desligado na rua. Bom, hoje eu sei que certamente a energia caiu por causa de uma sobrecarga que criei com a gambiarra do chuveiro na tomada. Claro que não falei nada para ele.





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